Mães-natureza

                     

Uma mulher de turbante vermelho cantando com todo o seu corpo num palco de protestos. Outra contando histórias sobre seus ancestrais com braços e pernas. Não tenho como disfarçar meu encantamento por todas essas imagens e movimentos. Adoro fechar os olhos nestas horas de felicidade e ver o que meu Ser Interior cria como símbolo de entendimento. Vi tudo misturado naquele palco: fertilidade, cumplicidade, generosidade e alegria. Eu desejei fazer parte daquilo. Desejei mais do que estar naquele palco; quis sentir que também podia usar dessa energia que existe dentro do mim pra manifestar todas essas emoções que compartilho com essas mulheres.

Tenho dito que meu caminho pelo feminino tem tido a ajuda de grandes homens, mas não posso deixar de reconhecer que nas últimas semanas tenho tido a experiência de mulheres que estão em caminhos parecidos pelo entendimento de quem somos, de novas possibilidades de existência e convivência.

Em um destes momentos de troca e meditação, fechei meus olhos e vi a energia circulando por meu corpo livremente e era uma sensação de segurança, de corpo inteiro e vibração. Foi como se tudo com que sonho de caminho e de sentimentos fosse possível. Um corpo aberto e livre de qualquer opressão, medo ou limitação. Eu podia criar com todas as partes do meu corpo, como vi naquelas mulheres no palco. Fechei os olhos e essa sensação veio como mulher-árvore, gerando e movimentando vida com todas as partes do seu corpo. Eu era, naquele momento, a mulher árvore e o refúgio com que sempre sonhei externamente. Eu era minha casa na árvore.

Celebro pelas experiências que me ensinam que meu corpo tem muito a conquistar. Agradeço por todas essas mulheres que estão no meu caminho e que me ajudam a entender que posso mais com tudo isso que vive dentro de mim.






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