Menina de Iansã

Lá vem a menina de longe, de olhos baixos e pés descalços. Lá vem a menina com um sorriso que mistura insegurança e sensualidade, que se perde na força que tem em seu interior e acaba se precipitando, ignorando o tempo das coisas. Lá vem a menina que carrega sobre seus ombros histórias antigas, que se atrapalha entre o direito de ser nova e a responsabilidade pelas dores alheias. A menina que cresceu com o vento, que aprendeu a se defender com a mesma energia com que rouba o que quer. "Sem modos, sem medos". Menina de Iansã, vestida com as cores de sua mãe, voz de trovão que a cadia dia vai descobrindo um pouco mais dos mistérios que estão reservados para ela. Mulher de Iansã que a cada dia aprende um pouco mnais da sabedoria dos altos e que se prepara para uma vida de muitas cores. Aprendo com ela, um pouco a cada dia a não ter medo do que não se conhece; aprendo a não ter medo do diferente, do novo, do inesperado...

Comentários

Anne Rocha disse…
Olúafẹẹfẹ sorí ọmọn
olúafẹẹfẹ sorí ọmọn

"Ela é a dona dos ventos que sopram para benção e proteção de seus filhos"

Lindo texto, lindas palavras, como sempre. Tocou fundo e me emocionou. Sinta-se abençoada por Oyá, linda!

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