Demônios em casa
Hoje fui visitada pelos meus demônios. Eles todos estavam disfarçados de velhas histórias, pessoas, familiares, sonhos, pesadelos. Meus demônios se apresentaram diante aos meus olhos com a força de tudo que já vivi: a dor da perda, a morte diante dos olhos, as brigas, o gozo, a risada, o toque de amor, o abraço de saudade, o último olhar, o pedido de socorro, o pedido de perdão. Estavam todos e tudo estampados no rosto dos meus demônios que se apresentaram a mim como visita inesperada.
Não sei dizer o que sinto porque não é somente horror. Eu já não temo meus demônios, mas sempre sou pega de surpresa nestas visitas. Eles me lembram o melhor e o pior de mim, me trazem à memória que meu tempo é outro, e que não preciso temer o por vir. Eles gargalham por minha insegurança, por minha falta de memória, por usar pouco tudo isso que me provocam. Estão todos aqui, dentro de mim, convivendo com a espontaneidade de criança. Estão todos aqui...o tempo todo.
Não sei dizer o que sinto porque não é somente horror. Eu já não temo meus demônios, mas sempre sou pega de surpresa nestas visitas. Eles me lembram o melhor e o pior de mim, me trazem à memória que meu tempo é outro, e que não preciso temer o por vir. Eles gargalham por minha insegurança, por minha falta de memória, por usar pouco tudo isso que me provocam. Estão todos aqui, dentro de mim, convivendo com a espontaneidade de criança. Estão todos aqui...o tempo todo.
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