Pelos meus olhos...

Escuto a leveza da música e tento decifrar o que sinto quando ela está por perto. Acho tudo muito novo fora de mim: a espontaneidade em que já não tinha fé, senão nos meus meninos; a sinceridade aguda que às vezes assusta quando já não se tem o olhar ingênuo; a beleza que vai além dos lindos cabelos, da pele branca. Eu fico tentando explicar o que vejo nela que ora me faz estar em casa, ora me joga longe com situações que acreditava saber de coração. Na verdade, olhando de longe ela me lembra a própria natureza, com suas mudanças, seus movimentos inesperados, sua generosidade, sua beleza, suas cores maravilhosas.

Comentários

André disse…
Ai de nós se não nos parecessemos com a natureza, minha querida. E o mais valioso do natural é que ele não pode ser apreendido; se constitui em múltiplos fluxos, com poucas linearidades e uma diversidade infinita de formas. Se somos natureza, somos multiplicidade, somos muitos e - só pra não esquecer - formados por uma infinidade de fragmentos que cotidianamente nos constróem (como as moléculas dos fluxos energéticos da natureza, por sinal, que estão sempre passeando por aí, saindo de um ser a outro...)
MosaicodeDeus disse…
é isso mesmo, trovador. O mais interessante é que não poder deter, possuir, dominar, apreender essas infinitas formas. Tá aí a contradição dessa vida: aprender a amar aquilo sobre o que não teremos domínio. bjs, adoro trocar com você. :)

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