Deixei minha mãe dormindo para ir trabalhar e sua imagem me acompanhou durante o dia. Eu não reconhecia muitos traços; o corpo entregue, a pela mais frágil, o olhar de descanso. Eu tentei associar essa nova imagem àquela que tinha da infância: o colo onde descansava, a força que me animava todas as manhãs, a dona dos melhores sabores...

Não reconheço essa nova mulher como mãe, mas a vejo melhor do que isso...

Hoje ela uma mulher humana como eu, tendo suas dores e dificuldades. Hoje meu amor por ela é outro, mais compreensivo, mais fraterno.

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