Intimidade e Descaso
Hoje fiz muitas caminhadas num dia só e isso me deixou confusa. As ruas da cidade do Rio me encantam, mas outras me trazem realidades duras.
Visite o hospital psiquiátrico do Estado, e mesmo antes de chegar já me sentia perdida. Eu me perdi por aquelas ruas, e cada momento que prosseguia eu esbarrava com alguma imagem difícil. Existe um povo, uma parte da minha cidade que fica esquecida por mim. Caminhei pelas ruas por detrás da Central e me vi no meio de um povo doente, sofrido, fazendo força para se manter de pé.
Antes mesmo de chegar ao meu destino eu já estava vendo a loucura, a angústia, o desespero em alguns olhos. Eu me lembrei do cemitário dos vivos, e era isso que me parecia - um bando de mortos-vivos, caminhando por aqueles becos cheios de lama.
Pensei em mim, na minha casa e como eu queria poder chegar e tirar aqueles sapatos sujos e me esconder debaixo dos lençóis. Mas eu não conseguia mais sair dalí, nem mesmo achar o endereço, o caminho certo.
O medo me tomou. Não queria estar alí pra sempre. Não queria me sentir pesada e grudada àquela lama. Mas quanto mais eu andava, mas meus pés pesavam e minha mente se sentia sobrecarregada. Tive vontade de chorar um choro de criança perdida. Queria alguém pra me tomar a mão e me levar de volta ao caminho certo. As vezes me questiono se estou no caminho certo, se minhas escolhas foram mais intuitivas e menos pensadas.
No meio de tanta confusão mental, eu decidi entrar num taxi nem que fosse para andar poucos mestros. Fiquei lá dentro me sentindo a pessoa mais protegida no mundo. Fiquei imune aos olhares, aos odores, à realidade.
Cheguei próximo ao local, e num ato bem simbólico, o motorista quis dizer que só podia ir até alí. De lá pro meu destino, era comigo. De novo, criei forças e segui caminho pelas ruelas até chegar a tal praça Assunção. Fiquei me sentindo em uma praça abandonada por um parque de diversões; uma praça fantasma. Era lá meu destino.
Visite o hospital psiquiátrico do Estado, e mesmo antes de chegar já me sentia perdida. Eu me perdi por aquelas ruas, e cada momento que prosseguia eu esbarrava com alguma imagem difícil. Existe um povo, uma parte da minha cidade que fica esquecida por mim. Caminhei pelas ruas por detrás da Central e me vi no meio de um povo doente, sofrido, fazendo força para se manter de pé.
Antes mesmo de chegar ao meu destino eu já estava vendo a loucura, a angústia, o desespero em alguns olhos. Eu me lembrei do cemitário dos vivos, e era isso que me parecia - um bando de mortos-vivos, caminhando por aqueles becos cheios de lama.
Pensei em mim, na minha casa e como eu queria poder chegar e tirar aqueles sapatos sujos e me esconder debaixo dos lençóis. Mas eu não conseguia mais sair dalí, nem mesmo achar o endereço, o caminho certo.
O medo me tomou. Não queria estar alí pra sempre. Não queria me sentir pesada e grudada àquela lama. Mas quanto mais eu andava, mas meus pés pesavam e minha mente se sentia sobrecarregada. Tive vontade de chorar um choro de criança perdida. Queria alguém pra me tomar a mão e me levar de volta ao caminho certo. As vezes me questiono se estou no caminho certo, se minhas escolhas foram mais intuitivas e menos pensadas.
No meio de tanta confusão mental, eu decidi entrar num taxi nem que fosse para andar poucos mestros. Fiquei lá dentro me sentindo a pessoa mais protegida no mundo. Fiquei imune aos olhares, aos odores, à realidade.
Cheguei próximo ao local, e num ato bem simbólico, o motorista quis dizer que só podia ir até alí. De lá pro meu destino, era comigo. De novo, criei forças e segui caminho pelas ruelas até chegar a tal praça Assunção. Fiquei me sentindo em uma praça abandonada por um parque de diversões; uma praça fantasma. Era lá meu destino.
Comentários
O mais empolgado se levanta e grita: Bravo! Bravíssimo! ao mesmo tempo que bate as primeiras palmas intensamente.
E o resto da platéia sai da paralisia ainda seduzida pela reflexão, e se entregra as palmas.