Eu tenho uma dor reprimida no minha garganta há muito tempo. Sempre fugi quando a sensação era de que seria sufocada a qualquer por ela. Lembro bem do olhar da minha mãe, ela parecia saber o gosto que eu estava sentindo, ela lia meus pensamentos e por algum motivo se sentia responsável. Ela até tentou algumas coisas, porque a dor foi ganhando formas diferentes, então descobrirem que não havia nada de errado com o corpo.

Meu problema sempre esteve na alma, e o nó na garganta que fui ganhando na infância continua aqui. Nestes dias difíceis, já adulta, decido não visitar a casa de minha mãe; eu me recolho e deixo que todas as palavras que ainda estão reprimidas venham à tona com força. Deixo com que essa dor se manifeste, que os demônios ganhem espaço e me façam mais aliviada.

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