De volta ao tempo das coisas simples

Estou relendo a história do encontro entre Santo Agostinho e uma criança, próximo ao mar. Toda a erudição do teólogo tornava-se pequena diante à inocência que se via no ato daquela menina.

Eu, mulher atormenada e inquieta, estou tentando seguir os conselhos do mestre Agostinho e me esvaziar de tudo que guardei dentro de mim para me preencher do que está fazendo falta.

Volto os olhos para a menina que mora comigo e me entristeço com o que estamos fazendo com ela; roubando a infância e criando uma pequena adulta e incrédula, descrente das pequenas fantasias.

Quero fechar os olhos e me deixar pular com ela, para que o que há de inocente em mim se faça presente para que eu volte a enxergar ipês em dias de inverno.

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