Cheguei antes do combinado. Havíamos marcado a entrevista para as 17:00, na Lagoa. Ela queria ver o pôr do sol; ela me disse que um dia de céu azul após um dia chuvoso tem um preço diferente para ela. Achei que fosse mais uma das suas manias de "poeta", mas quis saber mais. Hoje tudo o que ela me diz é interessante porque eu a conheço pouco e seu texto me seduz, intriga, suas palavras me encantam.
Eu me antecipei; cheguei às 15:00 e pedi uma bohemia escura. Não gosto de atrasos, mais a verdade é que adoro ver o rosto de quem chega para me encontrar. E eu queria ver o jeito dela, seu andar, seu jeito de se vestir numa tarde de domingo. Qualquer coisa que ela fale ou faça é material para minha pesquisa. Mas eu nem disse qual é a pesquisa...
Primeiro, descobri nessa nova poeta - durante a exposição da Clarice no CCBB- uma semelhança absurda com a célebre escritora. Tudo bem que o mérito nem é meu, não é à toa que ela esava lá, mas eu tive a audácia de acreditar que alguma coisa ainda não havia sido descoberto e que eu poderia fazê-lo. Falei com ela depois de sua palestra. Ela falava de um texto da Clarice e seus olhos brilhavam; depois ela apresentou um texto de sua autoria e eu percebia a força da escrita "quase existencialista". Tomei a coragem que às vezes falta a pessoas tímidas como eu, e fui falar com ela. Disse que era uma pesquisadora, pesquisava Clarice desde o início da faculdade e que tinha muito interesse em conversar com ela. Ela aceitou e se fez de humilde, dizendo que não teria o que ajudar.
Eu via uma coisa nos olhos dela. Não sou mística, mas alguma coisa nela havia dispertado minha curiosidade.
Cheguei cedo, como já havia dito; ela veio me ver atrasada...coisa de 20 minutos. Eu já estava mais solta por causa das 3 cervejas que bebi. Os tímidos bebem para poder falar o que querem.
Olhei para ela e observei seus passos, os ombros, o cigarro na mão e tranquilidade de quem não em pressa de chegar. Ela trazia uma pasta - certamente eram textos seus - usava um vestido florido como se já estivéssemos na Primavera, e um pequeno e delicado chale cobria seus braços. Sua sandália baixa de quem ama ter o pés próximos a terra, e um olhar perdido de quem não vê que está sendo observado.
Eu me antecipei; cheguei às 15:00 e pedi uma bohemia escura. Não gosto de atrasos, mais a verdade é que adoro ver o rosto de quem chega para me encontrar. E eu queria ver o jeito dela, seu andar, seu jeito de se vestir numa tarde de domingo. Qualquer coisa que ela fale ou faça é material para minha pesquisa. Mas eu nem disse qual é a pesquisa...
Primeiro, descobri nessa nova poeta - durante a exposição da Clarice no CCBB- uma semelhança absurda com a célebre escritora. Tudo bem que o mérito nem é meu, não é à toa que ela esava lá, mas eu tive a audácia de acreditar que alguma coisa ainda não havia sido descoberto e que eu poderia fazê-lo. Falei com ela depois de sua palestra. Ela falava de um texto da Clarice e seus olhos brilhavam; depois ela apresentou um texto de sua autoria e eu percebia a força da escrita "quase existencialista". Tomei a coragem que às vezes falta a pessoas tímidas como eu, e fui falar com ela. Disse que era uma pesquisadora, pesquisava Clarice desde o início da faculdade e que tinha muito interesse em conversar com ela. Ela aceitou e se fez de humilde, dizendo que não teria o que ajudar.
Eu via uma coisa nos olhos dela. Não sou mística, mas alguma coisa nela havia dispertado minha curiosidade.
Cheguei cedo, como já havia dito; ela veio me ver atrasada...coisa de 20 minutos. Eu já estava mais solta por causa das 3 cervejas que bebi. Os tímidos bebem para poder falar o que querem.
Olhei para ela e observei seus passos, os ombros, o cigarro na mão e tranquilidade de quem não em pressa de chegar. Ela trazia uma pasta - certamente eram textos seus - usava um vestido florido como se já estivéssemos na Primavera, e um pequeno e delicado chale cobria seus braços. Sua sandália baixa de quem ama ter o pés próximos a terra, e um olhar perdido de quem não vê que está sendo observado.
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