Eu não agrado a eles, muitas vezes. Meu silêncio não agrada também porque eles pensam que estou julgando, ou que sou preguiçosa, ou que não os amo de verdade. Não posso evitar porque parece mais forte que eu; desligo do mundo externo porque tenho uma necessidade imensa de entender as coisas, decifrar meus sentimentos, criar palavras para o que vejo e estar comigo, somente.

Eu não agrado a eles, porque deixei para trás o medo monstruoso que eles me ajudaram a criar. medo das palavras proibidas, dos desejos, do poder de escolha. Eu assusto porque eu resolvi um dia não mais fazer parte deles como uma simples extensão e ser eu apenas; muitas vezes não vejo problema em estar sozinha nesse caminho.

Eu os assusto porque assumi as fomes que tenho e não mais as maqueio para que o mundo continue no seu caminho de aparências e falsidade. Assusto porque digo o que quero ...e isso é assustador!

Eu não agrado porque aprendi a gritar e não me intimido mais com suas ameaças e armas. Se alguma coisa não me agrada, eu junto minhas coisas e parto para outra.

Eu as assusto porque muitas vezes eu só quero ficar sozinha ...na busca por mim.

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