Eu vou lembrar ...você vai ver!
Se eu tiver leitores fiéis - talvez amigos mais próximos e solidários - eles lembrarão, certamente, de um texto meu sobre um senhora italiana que encontrei na rua. Ela foi um profeta a me falar de amor em um dia de conflitos. Eu nunca me esquecerei desse dia...
Hoje eu conheci Alberto, um senhor de 80 anos, um getulista no passado que tornou-se lacerdista depois de tantas coisas que viu o governador fazer pela cidade.
Eu o conheci dentro do ônibus, enquanto eu tentava arrumar o cabelo ele me observava...depois de um tempo, ele comentou:
- Por que tanta preocupação? Você está bonita!
Eu apenas agradeci e sorri. Ele voltou a falar comigo. Acho que ele não ficou satisfeito com meu gesto, ou talvez tenha gostado mesmo do meu sorriso. Confesso que minha louca mania de sorrir para estranhos já me causou alguns problemas. Mas dessa vez a conversa começou com um tom de desabafo que não pude resistir...me entreguei ao estranho senhor.
Conversamos durante todo o trajeto. Ele começou falando do prefeito de nossa cidade, depois fez um retorno na história da cidade, do Brasil e da política. Ele jamais seria do PMDB...ele havia prometido depois de ver tanta vergonha e mudanças.
- Eu confesso; fui getulista, mas vi tanta coisa...vi o que Carlos Lacerda fez por nossa cidade, o Estado da Guanabara...
E ele citava nomes...e em alguns momentos esquecia um deles, mas fazia questão de lembrá-los e eu só aguardava, atenta a tudo o que ele dizia.
- Eu vou lembrar! Você vai ver.
E eu me assustava com o esforço, a lucidez e orgulho com que aquele senhor falava de seu passado. Citava cenas históricas, se emocionava, batia no peito e repetia que nunca mais deixou de ser fã de Lacerda.
- Minha jovem, o mais importante não é manter a mesma idéia pela vida interia. Mudei de idéia, de partido, de opinião; mudei meu caminho muitas vezes, mas sempre acreditei em minhas verdades.
Meus olhos ganhavam outras cores eu acho...ele respondia minhas perguntas do dia.
Não posso esquecer esses encontros inusitados.
Hoje eu conheci Alberto, um senhor de 80 anos, um getulista no passado que tornou-se lacerdista depois de tantas coisas que viu o governador fazer pela cidade.
Eu o conheci dentro do ônibus, enquanto eu tentava arrumar o cabelo ele me observava...depois de um tempo, ele comentou:
- Por que tanta preocupação? Você está bonita!
Eu apenas agradeci e sorri. Ele voltou a falar comigo. Acho que ele não ficou satisfeito com meu gesto, ou talvez tenha gostado mesmo do meu sorriso. Confesso que minha louca mania de sorrir para estranhos já me causou alguns problemas. Mas dessa vez a conversa começou com um tom de desabafo que não pude resistir...me entreguei ao estranho senhor.
Conversamos durante todo o trajeto. Ele começou falando do prefeito de nossa cidade, depois fez um retorno na história da cidade, do Brasil e da política. Ele jamais seria do PMDB...ele havia prometido depois de ver tanta vergonha e mudanças.
- Eu confesso; fui getulista, mas vi tanta coisa...vi o que Carlos Lacerda fez por nossa cidade, o Estado da Guanabara...
E ele citava nomes...e em alguns momentos esquecia um deles, mas fazia questão de lembrá-los e eu só aguardava, atenta a tudo o que ele dizia.
- Eu vou lembrar! Você vai ver.
E eu me assustava com o esforço, a lucidez e orgulho com que aquele senhor falava de seu passado. Citava cenas históricas, se emocionava, batia no peito e repetia que nunca mais deixou de ser fã de Lacerda.
- Minha jovem, o mais importante não é manter a mesma idéia pela vida interia. Mudei de idéia, de partido, de opinião; mudei meu caminho muitas vezes, mas sempre acreditei em minhas verdades.
Meus olhos ganhavam outras cores eu acho...ele respondia minhas perguntas do dia.
Não posso esquecer esses encontros inusitados.
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