O maior amor...
Ele lembrou do que ela disse quando terminou com ele:
- Você pode me dar um filho? Eu quero muito um filho, esse é o meu maior sonho.
Ele não tinha contra-argumentos; ele sabia o amor que ela tinha por crianças; ele não podia muito contra os sonhos dela. E ele respondeu:
- Eu não posso realizar o seu sonho...
Foi embora sozinho naquela noite e lembrou de todos os seus momentos com aquela jovem mulher. Lembrou da cor branca da sua pele; lembrou do nome dela e da história que ela contou sobre a escolha do seu nome - seu pai havia deixado para escolher o nome no dia do nascimento, quando olhasse para o rosto do bebê; quando o pai viu aquele bebê rosa, brilhante, cheio de luz, soube na hora que ela se chamaria Clara.
Ele lembrou dos belos olhos castanhos de Clara, seu sorriso perfeito, seus cabelos negros e soltos. Lembro de como Clara era decidida - quando ela escolhia alguma coisa, ninguém podia impedí-la. Quando Clara decidiu que o amava, ninguém pode convencê-la do contrário. Ele era mais velho, mais calado, menos feliz...
Ele lembrou que Clara era mesmo radiante, tinha luz em seus caminhos, fazia muita gente feliz.
Ele teve raiva, queria brigar com ela, gritar com o mundo. Queria se revoltar contra Deus por colocar um amor tão grande em sua vida, depois de não acreditar em mais nada, de esperar mais nada. Queria desatar com a vida, por tê-la tão perto e perdê-la por uma limitação em sua natureza.
- Como Deus pode ser justo? Ele me deu um amor que não posso viver...
Foi então que ele novamente lembrou de Clara, da história daquela menina branca que nasceu com uma missão: Clara veio para amar o mundo. Ela amava os pobres, amava os velhos, amava a natureza, os animais; Clara amava as crianças. E ela amava de verdade.
Ele percebeu que não podia mesmo contra os sonhos de Clara, e mais do que isso não podia impedir o amor de Clara. Ele recebera uma parte que cabia a ele, e agora, depois de iluminado pela mulher brilhante, ele só poderia agir como um verdadeiro "gentleman" e sair do seu grande amor.
Fernando fez o caminho para casa andando, e nesse caminho começou a preparar sua mente, seus coração e seu corpo para não ter mais aquela beleza de mulher ao seu lado todos os dias; fez o caminho que juntos fizeram diversas vezes preparando-se para viver com a ausência dela; dos seus doces beijos, suas mãos, seus cabelos cacheados caindo pelo ombro dele. Ele precisava parar de pensar nos detalhes de Clara, suas roupas, seus saltos, seu perfume, seus seios.
Fernando entrou exausto em casa e largou seu corpo no sofá. Ele dormiu tranqüilo a noite inteira, havia entendido o que era o amor maior...
- Você pode me dar um filho? Eu quero muito um filho, esse é o meu maior sonho.
Ele não tinha contra-argumentos; ele sabia o amor que ela tinha por crianças; ele não podia muito contra os sonhos dela. E ele respondeu:
- Eu não posso realizar o seu sonho...
Foi embora sozinho naquela noite e lembrou de todos os seus momentos com aquela jovem mulher. Lembrou da cor branca da sua pele; lembrou do nome dela e da história que ela contou sobre a escolha do seu nome - seu pai havia deixado para escolher o nome no dia do nascimento, quando olhasse para o rosto do bebê; quando o pai viu aquele bebê rosa, brilhante, cheio de luz, soube na hora que ela se chamaria Clara.
Ele lembrou dos belos olhos castanhos de Clara, seu sorriso perfeito, seus cabelos negros e soltos. Lembro de como Clara era decidida - quando ela escolhia alguma coisa, ninguém podia impedí-la. Quando Clara decidiu que o amava, ninguém pode convencê-la do contrário. Ele era mais velho, mais calado, menos feliz...
Ele lembrou que Clara era mesmo radiante, tinha luz em seus caminhos, fazia muita gente feliz.
Ele teve raiva, queria brigar com ela, gritar com o mundo. Queria se revoltar contra Deus por colocar um amor tão grande em sua vida, depois de não acreditar em mais nada, de esperar mais nada. Queria desatar com a vida, por tê-la tão perto e perdê-la por uma limitação em sua natureza.
- Como Deus pode ser justo? Ele me deu um amor que não posso viver...
Foi então que ele novamente lembrou de Clara, da história daquela menina branca que nasceu com uma missão: Clara veio para amar o mundo. Ela amava os pobres, amava os velhos, amava a natureza, os animais; Clara amava as crianças. E ela amava de verdade.
Ele percebeu que não podia mesmo contra os sonhos de Clara, e mais do que isso não podia impedir o amor de Clara. Ele recebera uma parte que cabia a ele, e agora, depois de iluminado pela mulher brilhante, ele só poderia agir como um verdadeiro "gentleman" e sair do seu grande amor.
Fernando fez o caminho para casa andando, e nesse caminho começou a preparar sua mente, seus coração e seu corpo para não ter mais aquela beleza de mulher ao seu lado todos os dias; fez o caminho que juntos fizeram diversas vezes preparando-se para viver com a ausência dela; dos seus doces beijos, suas mãos, seus cabelos cacheados caindo pelo ombro dele. Ele precisava parar de pensar nos detalhes de Clara, suas roupas, seus saltos, seu perfume, seus seios.
Fernando entrou exausto em casa e largou seu corpo no sofá. Ele dormiu tranqüilo a noite inteira, havia entendido o que era o amor maior...
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