Meu pequeno poema de inverno...
Olhei para a agenda e vi fragmentos daquele inverno que vivemos em 2006. Percebi hoje que nosso pequeno e bonito romance foi um doce poema de inverno comparado aos loucos e "desastrosos" encontros que tenho tido ultimamente.
Volto a imagem da agenda em recortes, e relembro a foto da árvore com uma gaiola, pintada na parede da casa azul; você tinha olhos para árvores e gaiolas, enquanto eu só tinha olhos para você. Relembrei nossas conversas de olhos fechados. Você olhava aquelas muitas fotos do circuito da Centro Cultural da Caixa, e nós ríamos das fotos sem acontesse um diálogo entre nós.
Saíamos a rua à espera de que alguma coisa acontecesse e por isso víamos de tudo: bandas, pessoas, mendigos, poetas, fachadas, instrumentos; e tudo era motivo para que tivéssemos vida. Adorávamos a chuva como se fôssemos pertencentes a alguma ordem mística; víamos na chuva as luzes que Angélica enxergava no mar à noite.
Subíamos morros, visitávamos conventos, mosteiros, e passávamos horas admirando árvores típicas da estação, como vagabundos que perambulavam pelas ruas do centro da cidade.
Você e seus sermões condenando minhas tentativas inúteis de beber e fumar.
Apesar de não ter mais esses encontros doces, poéticos de inverno, ficou o poema escrito; ele permanece gravado em mim e em minhas palavras. Vejo que aquilo que minha diva-escritora disse a mim, através de seus textos, fazem sentido: a felicidade é feita de instantes, de momentos raros e curtos, como os maravilhoso dias de inverno que vivemos em 2006.
Leticia Calhau.
Volto a imagem da agenda em recortes, e relembro a foto da árvore com uma gaiola, pintada na parede da casa azul; você tinha olhos para árvores e gaiolas, enquanto eu só tinha olhos para você. Relembrei nossas conversas de olhos fechados. Você olhava aquelas muitas fotos do circuito da Centro Cultural da Caixa, e nós ríamos das fotos sem acontesse um diálogo entre nós.
Saíamos a rua à espera de que alguma coisa acontecesse e por isso víamos de tudo: bandas, pessoas, mendigos, poetas, fachadas, instrumentos; e tudo era motivo para que tivéssemos vida. Adorávamos a chuva como se fôssemos pertencentes a alguma ordem mística; víamos na chuva as luzes que Angélica enxergava no mar à noite.
Subíamos morros, visitávamos conventos, mosteiros, e passávamos horas admirando árvores típicas da estação, como vagabundos que perambulavam pelas ruas do centro da cidade.
Você e seus sermões condenando minhas tentativas inúteis de beber e fumar.
Apesar de não ter mais esses encontros doces, poéticos de inverno, ficou o poema escrito; ele permanece gravado em mim e em minhas palavras. Vejo que aquilo que minha diva-escritora disse a mim, através de seus textos, fazem sentido: a felicidade é feita de instantes, de momentos raros e curtos, como os maravilhoso dias de inverno que vivemos em 2006.
Leticia Calhau.
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