Quando a serenidade da natureza se faz real em mim...

Vejo tantas vezes a beleza da natureza. São pequenos os momentos e simples os gestos que roubam minha atenção e viram poesia em meus textos em prosa.
Estou atenta às canções populares, às letras singelas como "Meio Fio" de Arnaldo Antunes, aos encontros com pássaros; passeios pelo Centro do Rio de Janeiro, prédios antigos como os da Travessa do Comércio. Sei que sou poetisa urbana, que ama pássaros e prédios grandiosos.
Sempre fui inspirada pela beleza de cenas delicadas e serenas, mas sempre pensei que fosse um dia ser tomada por uma paixão avassaladora e que nesse momento seria completa. Andei confusa com a natureza daquilo que me faz estar feliz e em paz.
Hoje, depois de conversar com uma amiga percebi que todas as paixões avassaladoras que um dia tive não me fizeram feliz; os poucos meses foram ilusórios e conturbados ...
Hoje vi que essas paixões só servirão no futuro de inspiração para textos ficcionais. Percebi que não passavam de idealizações ...
Hoje vejo meus passos, meus últimos momentos e percebo como a serenidade pode me fazer feliz. Vejo nossos passeios, nossas confissões, nossas trocas, nossas artes e percebo que essa serenidade que existe em nós é capaz de produzir muito mais que belos textos. Vejo um mundo de delicadezas, amizade, pureza sendo criado a partir de nós...
Estou surpresa ao perceber que a serenidade da natureza que sempre me fascinou tomou meus relacionamentos ...e que agora posso me sentir em casa.

Comentários

Anônimo disse…
Como sempre, a sua grande capacidade de descrever tão bem emocionalmente, e psicologicamente os ambientes. Pra mim, ter feito parte, fazer parte de alguma forma desses ambientes é motivo de grande felicidade.
Beijo no seu coração;)

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