A vida e seus desníveis
Fui ao Real Gabinete português e ainda no caminho fui tomada por uma confusão visual, mas eu parecia sozinha nesse conflito...
Antes de chegar a rua Luís de Camões, vi na praça uma escultura gigantesca, composta por dois fuscas, um preto e outro branco, ao lado jovens meninas saindo do anexo do teatro João Caetano, jovens bailarinas parecia... e ao fundo o famoso Real Gabinete Português de Leitura. Até aí não havia surpresas, só mais um cenário rico no centro da cidade, minha paixão urbana. Mas o conflito estava no contraste do cenário, naquele elemento destoante no meio da tela. Fui pega pela cena que vi: um grupo de pedintes já idosos deitados nos bancos da praça; perto do fusca, próximo ao grupo de bailarinas que passava, diante à escultura de Camões, abaixo das janelas do Centro Cultural Carioca, diante ao Real Gabinete. Não consegui dar um passo além, fui tomada por essa confusão de imagens, e por essa característica destoante do centro da cidade que tanto me defrauda...
Vi também um cartaz do governo do Estado do Rio na porta do nosso Real Gabinete, que informava sobre anova iluminação do prédio que dava mais destaque ao cenário.
Não consegui mais me mexer como se algo de mim tivesse sido roubado. Estava perplexa por nossa falta de caridade, por nossa indiferença. Fiquei imaginando aquele prédio iluminado ...mas as luzes na minha mente estavam todas para aquelas pessoas deitadas na praça.
Eu aqui aproveitando de boas leituras, maravilhada com a riqueza cultural da Cidade não havia observado os grandes desníveis do cenário urbano carioca.
Antes de chegar a rua Luís de Camões, vi na praça uma escultura gigantesca, composta por dois fuscas, um preto e outro branco, ao lado jovens meninas saindo do anexo do teatro João Caetano, jovens bailarinas parecia... e ao fundo o famoso Real Gabinete Português de Leitura. Até aí não havia surpresas, só mais um cenário rico no centro da cidade, minha paixão urbana. Mas o conflito estava no contraste do cenário, naquele elemento destoante no meio da tela. Fui pega pela cena que vi: um grupo de pedintes já idosos deitados nos bancos da praça; perto do fusca, próximo ao grupo de bailarinas que passava, diante à escultura de Camões, abaixo das janelas do Centro Cultural Carioca, diante ao Real Gabinete. Não consegui dar um passo além, fui tomada por essa confusão de imagens, e por essa característica destoante do centro da cidade que tanto me defrauda...
Vi também um cartaz do governo do Estado do Rio na porta do nosso Real Gabinete, que informava sobre anova iluminação do prédio que dava mais destaque ao cenário.
Não consegui mais me mexer como se algo de mim tivesse sido roubado. Estava perplexa por nossa falta de caridade, por nossa indiferença. Fiquei imaginando aquele prédio iluminado ...mas as luzes na minha mente estavam todas para aquelas pessoas deitadas na praça.
Eu aqui aproveitando de boas leituras, maravilhada com a riqueza cultural da Cidade não havia observado os grandes desníveis do cenário urbano carioca.
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