E busca de uma explicação... ele tinha razão , ele precisava ser livre.

Ele vivia por uma explicação, um motivo para tanto amor e tanta dor. Ele buscava equilibrar sua pureza com toda agressão e violência do mundo. Ele tentava preservar algo precioso dentro de si. Ele vivia em busca de uma explicação.
Ouço Nenhum de nós e isso é a memória dele, lembro de Renato Russo e da sua canção sobre os jovens que morrem cedo, e isso é a memória dele. Sua busca por respostas, por uma saída, para que não sofresse tanto com seu coração que tanto queria ser livre.
Escuto Camila, Engenheiros do hawai e tudo agora virou lembrança dele.
Um homem que morreu aos 27 anos e que parecia ser profeta, que previu sua morte precoce e viveu, tudo e todos os questionamentos que podem existir, viveu o amor, a loucura e a dor.
Ele que queria ensinar e queria tocar, que amava a música acima de muitas coisas, um criador, um sonhador, uma mente brilhante que sofria como um potencial dentro de um corpo frágil demais...ele sempre pareceu frágil demais.
Ele que viveu, viajou, bebeu, amou e gozo dos prazeres da vida, mas que sofria com uma dor de uma alma que não é desse mundo. Ele era um estranho e não conseguia encontrar sua identidade.
Escuto Astronauta de Mármore e meu peito dói por que tudo virou memória e não quero deixar você morrer na memória das pessoas. Vou criar algumas coisas que você quis e não conseguiu. Você escrever o belo livro que escreveria, vou amar com toda intensidade que você às vezes amava e sofria. Vou aprender violão, fazer uma música para você. Vou ler todos os livros de filosofia que você queria ler, vou criar um jogo de RPG.
Assim como eu não compreendi sua alma, tão rica e complexa, como nunca entendi como não enxergava as coisas mais simples e leves, como nunca entendi porque se escondia e sofria tanto por seus sentimentos. Como nunca entendi sua mania de escondido suportar todas as dores e carregá-las em seus ombros, assim como nunca entendi você, eu também não compreendo sua morte.
Só sinto como um grito de liberdade, com um último fio que se rompeu e permitiu que muitas coisas para você fossem explicadas, agora que não entende sou eu...
De tudo que me lembra você , eu escuto De tudo o que eu entendo de Nenhum de Nós.

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