Amanhecer II

O Rodrigo tem razão, poderia ter ido muito além na minha imaginação no Amanhecer I. Na verdade, eu queria declarar que odeio quando escrevo alguma coisa e acabo perdendo. Foi assim quando escrevi a primeira versão de Amanhecer II e postei direto no blog e acabou não aparecendo. Chorei de raiva...de mim. Já deveria ter aprendido a colocar primeiro no Word.

Lembrei de Uberlândia, principalmente do dia em que voltei para o Rio de Janeiro. Passei a noite toda acordada, vi o sol nascer da janela do quarto. A imagem ficou marcada em minha memória.
Não conseguia dormir, pois sabia que teria que me despedir de pessoas amadas. Não consegui dormir porque queria relembrar todos os momentos que passamos, avaliar se realmente fui inteira em cada circunstância.
Quando estava no avião, indo para Uberlândia pedi a Deus que pudesse aproveitar muito todos dias em que ficaria com meu irmão, Juliana e João Lucas. Tenho dificuldades em me concentrar, aproveitar intensamente cada momento.
Naquele noite em que fiquei acordada pude perceber o quanto eu aproveitei todos os dias, o quanto estive aberta.
Percebi o quanto aquele lugar era estranho e familiar ao mesmo tempo para mim. Percebi que era amada por eles, mas que eu não fazia parte da vida cotidiana deles. Não fazia parte daquele lugar, tudo era diferente, até mesmo o amanhecer.
Aquela cidade quieta, tranquila, a cidade demorava para amanhecer e me causava uma angústia. Havia naquela manhã um ar de nostalgia.
Na verdade me peguei sentindo ciúme daquela cidade, das pessoas que conviviam com aquela família, da rotina deles.
Lembrei naqueles últimos instantes em Uberlândia do tempo em que passamos no Praia Clube, do João Lucas tomando banho de piscina e das caminhadas no parque das capivaras. Lembrei do Frutos do Cerrado, e de seus deliciosos picolés de fruta.
As belas casas de Uberlândia, os passeios à tarde.
Percebi que sentiria falta de tudo. Da qualidade de vida, de como o tempo passava devagar e gostoso. Mas sabia que aquele não era o meu lugar.
Vou sentir saudade da rotina da casa, de ir com a Juliana para os grupos familiares, de ir ao cinema com o João Lucas e de conversar abertamente com o Maurício.
Vou sentir falta do jeito carinhoso e simples da Marta, e de como me recebia em sua maravilhosa casa.
É muito difícil ficar longe de pessoas que amamos tanto.

Comentários

Anônimo disse…
É bem difícil mesmo ficar longe destas.

Sinto falta daquele povo todo junto, no bairro que não é mais nosso, mas que nos sentiremos sempre como se ainda o fosse.

Saudosismo é anunciar para o mundo um pouco do tempo que é de nossa propriedade, um pouco da memória que é só nossa, e se sentir dono dos lugares, das coisas e das pessoas que lá figuraram.
Anônimo disse…
Oi Leticia.....Achei esse texto mto legal! O seu blog ta mto bom e desejo sucesso a vc em tdo q vc fizer, pq vc tem talento! Um bjao, Rafael Farias
Anônimo disse…
Oi Leticia.....Achei esse texto mto legal! O seu blog ta mto bom e desejo sucesso a vc em tdo q vc fizer, pq vc tem talento! Um bjao, Rafael Farias

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