Ela fica bem quando sorri...

Sou do tipo que gosta de todo mundo...até que me fazem mudar de postura.

Os filmes me inspiram e acabo de ver um belíssimo filme, indicação da minha querida amiga Roberta. O filho da noiva é bem o gênero de filme que mexe comigo, meus sentimentos e inspiração.
Amo observar pessoas, perceber seus jeitos e manias, sua forma de amar, de se expor, de se defender. Existem algumas com quem logo me identifico, me sinto segura para falar, expor meus sentimentos, compartilhar. Sou daquelas mulheres chatas que amam falar sobre sentimentos, sobre a vida, mas que também sabem dar boas risadas e se divertir.
Interessante mesmo é quando conheço algumas pessoas que me passam a idéia de que nunca vou conhece-las de verdade.
Esse tipo de pessoa, e até algumas pessoas que só fazem tipo, ora provocam em mim medo, ora admiração.
Confesso que quando conheci Sonia achei que fosse mais uma excêntrica doutora em Letras, cheia de teorias e vaidades.
Depois enxerguei nela alguém mais humano, de carne e osso. Um pouco doida, mas humana. Sentia uma ternura de mãe, quando me abraçava e perguntava se eu sabia voltar para casa.
Em outro momento vi alguém exigente, confusa, que me confrontava, mexia com meu orgulho e às vezes também era agressiva em seu jeito de falar. Eu morria de medo só em atender seu telefonema.
Foi quando descobri sua prosa, seu jeito de escrever. Acho que foi nesse momento que fiquei mais confusa.Passei a amar seu jeito de escrever, de se expor. Via em suas palavras o que não podia ver nela, aquilo que sua postura não permitia.
Em minha pouca experiência de menina-mulher fiquei confusa e perdida ao lidar com uma mulher que possuía tantas qualidades distintas.
Comecei a aprender com nossas diferenças, sempre nessa minha postura de apenas observar.
Ela está certa, sou reservada, mas acho que quando me vejo diante de pessoas como Sonia, com vários pensamentos e sentimentos explodindo, prefiro apenas observar.
Hoje acho engraçado como o contato maior fez com que eu enxergasse algumas coisas. O seu jeito de explicar a maioria das coisas pela astrologia, parece um tanto infantil. Sua insegurança que às vezes é nítida, e que, na maioria das vezes, resulta em um tom mais agressivo. Sua falta de nicotina que às vezes parece insuportável. Como fala de uma forma tão nua sobre relacionamentos.
Seu jeito de ríspido de chamar atenção, de não achar graça quando não tem graça. De não ser condescendente, não aliviar, não passar a mão, não querer agradar, bajular. De exigir, confrontar, provocar, de criar obstáculos para que sejam superados. Mas também sua capacidade de reconhecer, de fazer breves e curtos elogios quando realmente acredita.
Seu olhar machista, seu jeito de ser fã dos homens, e mais amiga deles. Sua preocupação com seu visual, a dúvida se faz uma permanente ou não, se ficou bem com o novo corte e o tom de cabelo. Em falar nisso, saiba que fica bem de vestido.
São tantas as faces de Sonia, que acabo me acostumando, mais do que isso respeitando e admirando seu jeito de ser, sua mente criativa, a capacidade de ir além, sua imaginação, sua aptidão, o amor pelo trabalho, pelo que faz e faz bem.
O que queria dizer é que ela me ensinou, às vezes da forma mais difícil, dolorida, mas muita coisa eu aprendi. Que me sento mais segura, que não tenho medo, pois busquei superação e crescimento. Tenho mais vontade de aprender, venço minha preguiça e cansaço para ir além.
Aprendi a respeitar as diferenças e hoje sinto muito carinho por ela e quero vê-la feliz, realizada.
Hoje gosto de todas as Sonias que vejo em Sonia, a menina, a mulher, a machista, a mãe, a profissional, e todas as outras que se mostram a cada dia.
Só queria dizer que não a conheço tanto, mas o que sei é que ela fica muito bem quando sorri.

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